Vida Profissional



Hobby Vídeo Locadora


     Entrei na Hobby Vídeo como estagiário. Na época, o escritório era num prédio no Brooklin. Passei a atuar com promoção junto a Luciana, então Gerente de Marketing. Passaram-se poucos meses e fiquei sozinho no Departamento. A Hobby estava em crise, reduzinho mês a mês o número de lojas.

     Não tínhamos verba para realizar muita coisa! Desenvolvia projetos, promoções mas acabavam
sendo vetadas pela diretoria. O Rubens ( Rubinho ), que era o diretor, tinha fama de ficar na sala dele assistindo fitas pornôs.

     O escritório mudou-se para outro prédio, no bairro da Vila Olímpia, bem menor que o anterior. Era uma tristeza agüentar o frio daquele andar, pois o ar condicionado era central, e o espaço era dividido assim: do lado das janelas, onde batia o sol, ficavam as salas da diretoria e um corredor, isolados. 

     Do outro lado, ficava todo o restante do pessoal, a recepção, o CPD, que era fechado e extremamente quente, pois não tinha ar condicionado, com o Pedro e o Vladmir e uma sala de expedição com os boys. Uma sala do comercial com as meninas sob a coordenação da Fátima. O restante do pessoal ficava dividido em baias. Eu ficava em uma, o Francisco e do Ricardo da manutenção em outra, e num espaço maior o Francisco da contabilidade, o Cláudio, Anísio, Denise e a Lúcia do financeiro e outros mais que não recordo o nome. 

     O pedaço da diretoria esquentava, e eles socavam o ar gelado em tudo! A gente quase congelava. Nem janela havia. Só duas, pequenas, basculantes para ajudar.

     A hora do almoço que era boa! Costumávamos ir num restaurante chamado O Jangadeiro, na avenida Berrini, para comer feijoada de quarta-feira. Era um estrago. Começava-mos com o pãozinho! Aí o pãozinho logo acabava e a gente ficava pedindo mais até chegar a feijoada! Vinham os copos de caipirinha, para limpar a garganta e somente depois, a bem servida feijoada.

     Depois que comíamos, vinham dois sacrifícios, primeiro a caminhada de volta para o escritório, que não ficava próximo, e depois agüentar a tarde com sono. Havia vezes que eu entrava no CPD, e encontrava o Pedro e o Vladmir desmaiados.

     O pessoal das lojas também era legais, como a Ivani que trabalhava na loja de Indianópolis, a Fernanda da loja do Sumaré, a Valéria da loja da rua Groelândia e outros mais. Outros que convivi por pouco tempo foram o Garcia, que era do financeiro, grande cara. A Lúcia que era secretária e vivia agüentando os esporros do Rubinho. A Silvinha que trabalhava no RH, junto com o malquisto do Élio.

     Antes de sair da empresa, me passaram para fazer auditoria pelas lojas! Era um trabalho ingrato! Ficar conferindo material de estoque, na companhia do Marcelo, que era coordenador. Fiquei um mês nesta função, até ser desligado da empresa.