Vida Profissional



Fábrica de Criação


     Entrei na Fábrica apresentado pelo Sidney Ribeiro, um dos sócios da agência, que conheci enquanto fazia um curso de editoração eletrônica na escola Graph Work, no bairro do Paraíso.

     Entrei de cara já para trabalhar no Mac, fazendo trabalhos um atrás do outro. A Fábrica, que antes usa três denominações: Fábrica de Criação, Fábrica Direta e Fábrica de Eventos, estava preparando um novo e mais amplo andar no prédio para mudar suas atividades.

     No início, todos ficavam bem mais próximos, para não dizer amontoados no meio andar do prédio que tem a Doceria Ofner na esquina da avenida Nove de Julho com a João Cachoeira.

     Eram várias trabalhos. Um dos mais legais foi a mudança da marca da empresa de
calçados CNS, que antes era uma marca de um velhinho sapateiro. Na seqüência surgiram vários anúncios, outdoors, mudança da comunicação visual interna das lojas e embalagens.

     Eu já trabalhava ali nas proximidades anteriormente, de modo que o bairro não foi novidade para mim. Mudaram sim os locais de almoço com o povo. Eu como não sou de me prender a nenhum local, sempre ia num lugar e em outro. A mesma coisa fazia com a galera. Como não curto fazer panelas, variava o máximo possível o pessoal com quem almoçava, deixando também meus momentos em que queria almoçar e resolver coisas ou trabalhos pessoais.

     A galera de lá tinha um ótimo astral! A começar pelo Ismael, que cuidava do financeiro, e era uma figura, sempre alegre, cantando e de bem com a vida! O Cleberson, que curtia um pagode e era o contínuo. A Robertinha, que entrou loira e depois virou morena! A Amanda, que morava de semana aqui e vivia viajando para Atibaia/Bragança. A Amandinha que cuidava da recepção. A Erica da mídia, cantando "mas se eu ganhá din din, cê vai gostá di min". Além é claro, do Sidão e suas saídas com a mulherada, a Marisa com seu jeito sempre amiga, e o Buono com os e-mails de sacanagem do Mauro Sato!

     A correria era grande, trabalhos atrás de trabalhos. Para dificultar, a máquina qu eeu trabalhava, um Mac 7800, travava direto por não ter memória suficiente. No começo também, era dureza esperar saírem as impressões na pré-histórica QMS que havia lá.

     Lembro que o dia que mais sofri foi n dia que fizemos a mudança do escritório para o novo andar. Precisei trabalhar até mais tarde, mesmo parando um pouco para levar as máquinas! Foi ai que me atacou uma terrível dor nas costas, que eu achava ser coluna, mas era pedra nos rins.