Diário de Bordo


Diário de Bordo 2001

2001 - 28 e 29 de julho


     Chegou mais um fim de semana, e como os de sempre, lá vou eu pra casa, sem ir pra lugar nenhum! Que saudades de sair do trabalho e passar em algum lugar, ou na casa de alguém, mas no estado que estou no momento, dependo de condução, trabalhando longe, não tem jeito, vou ter que ir agüentando.

    Milagrosamente, saí cedo da agência. Acho que eram sete da noite quando saí e cheguei em casa pelas oito e pouco da noite. Estava um frio danado, não tive coragem nem de ir na padaria buscar uns pãezinhos. Sei que me esparramei no sofá e fiquei lá, com preguiça de levantar. Que inveja fiquei da minha amiga Jujuba, que me ligou e me contou que tinha tomado uma garrafa de vinho inteira, e que ainda tinha coragem de tomar mais uma garrafa. Ela devia estar bem quentinha mesmo, não sei se ela acertou o caminho até a cama dela naquela noite. Já perguntei mas não tive resposta!

    Fiquei pipocando de canal em canal, até quase duas da manhã. O sono não me vinha, e eu fiquei assistindo o SBT Repórter com a reportagem sobre insetos, abelhas e coisas da natureza. Depois, mais tarde, acabei assistindo um outro programa com coisas da natureza, dessa vez da natureza feminina, um programa de entrevista com a Monique Evans, não lembro se é na Rede TV, creio que sim, até que criei coragem, fui na cozinha tomar um café com leite. Pena que o resto do café que tava na garrafa térmica de quente não tinha nem o passado. O jeito foi colocar um pouquinho com leite numa chaleira, esquentar, tomar e ir para a cama.

    Sábado, levantei cedo, e fui na padaria buscar um pãozinho, mas mudei de idéia ao chegar na padaria e me deparar com um filão ( bengala ) fresquinho, olhando para mim em cima do balcão, e resolvi leva-lo. Chegando em casa, fatiei bem fininho aquele pão, passei margarina, salpiquei queijo ralado e pus numa frigideira para torrar. Comi um terço do pão, e comecei a ajeitar de jornal a sala para dar outra mão.

     Mas só adiantei, pois marquei de cortar o cabelo as dez da manhã, pois estava precisando mesmo. Eu estava com uma juba tão grande que eu estava com medo de chegar de repente na porta do prédio daqui da agência e ser barrado pelos seguranças, confundido com algum dessas pessoas que andam pela rua mal trapilhas e com os cabelos enormes. 

    Cheguei lá aonde corto, nossa quanta diferença! Me senti até bem após sair da cadeira! Voltei então para casa, e he he he, tomei um repeteco do meu café, onde acabei com o que restava do filão, pra poder começar a trabalhar definitivamente com a barriga forradinha! Daí, liguei o rádio e passei a pintar, pintar. Meus irmãos vieram me ajudar, pintando as portas e batentes, enquanto eu ia terminando de pintar a sala. 

    Fiquei lá, pintando, pintando, aquele cheiro de esmalte sintético atacando minha alergia!! Foi uma beleza. Teve uma hora que eu tava pintando rodapé, que eu não tava mais nem abaixado, tava deitado mesmo no chão, pois as pernas já estavam doloridas.

    Esfriou muito durante a tarde. Terminei tudo e depois fui tomar banho para ficar perfumado, limpinho e sem marcas de tintas. Mas tava aquele frio, me agasalhei todo, me preparei com cachecol, luva, blusas e blusas!

    Aí foi o duro! Faltou a coragem!!! O frio estava forte! Não tive coragem de sair e encarar o ponto. Tomei coragem e resolvi tirar o uninho da garagem e ir de carro!! Ainda bem que fui de carro. Só de sair para fora e entrar no carro, minhas pernas congelaram! Se eu estivesse indo para o ponto, tinha desistido!!!!

    Fui para a Andréa! Fizemos um lanche e tentamos, assistir o Exorcista em vídeo. Eu não agüentei, mal começou o filme e eu já tava cochilando. Daí fomos dormir, pois ela tava com medo de assistir sozinha o filme!

    Cedinho, acordamos e fomos ao batizado do pequeno Pablo, filho da Débora prima da Andréa. Chegamos ao final da missa, e depois ficamos para a cerimônia de batismo!!! Após a cerimônia, voltamos para a casa da Andréa onde fomos ajeitar as coisas para o pessoal que veio almoçar lá! O povo todo só foi embora por volta das dezoito horas, quando fomos então assistir a um filme de vídeo. Primeiro assistimos um filme light, depois, assistimos o Exorcista.

    Sinceramente, pensei que seria mais assustador, ou tivesse mais medo, mas não vi nada diferente do original clichê da menina possuída e o padre exorcisando. A Andréa ficou com medo. Toda hora se encolhia com medo, mas nada de exorbitante! Depois do filme, o jeito foi ir para casa e recomeçar a semana!