Meu fim de semana começou cedo. Bem cedo, lá pelas dez horas da manhã
acordei. Estava um silêncio em casa. Levantei-me e percorri a casa, não
encontrando ninguém. Fui para a sala e fiquei assistindo televisão, um
programa na cultura sobre ciência. Logo meus pais chegaram e somente então
fui me trocar, tomar um café. Após forrar a barriga, fui pegar os
apetrechos para o meu divertimento, rolos, pincéis, jornais e jornais,
para preparar o corredor e a sala para pintar.
Comecei a forrar todo o chão com jornais e revistas antigas. Bem não são
antigas, tem umas revistas Veja com umas reportagens antigas. Era uma
verdadeira viagem no tempo, rever ainda quando o senador ACM ainda fazia
parte do Senado, entre outros fatos. Continuando minha árdua tarefa,
removi os móveis da sala, quadros, e lixei as paredes que precisavam.
Fiquei nessa vida o sábado todo, quando não era no corredor, era na
sala. De tanto eu apertar o rolo na parede, o rolo abriu o bico, meu irmão
teve que buscar um novo.
Trabalhei
até as sete da noite, tomei um banho, fiquei com os braços vermelhos de
tanto esfregar a bucha tirando tinta e fui para a estação saúde
encontrar com a Andréa que veio pra casa. Logo que cheguei a estação,
ela chegou, e fomos para minha casa. Não havia muito o que fazer nem onde
ficar, pois a sala ainda estava toda revirada, sofá por cima de sofá,
rack encostado, jornais pelo chão, lata de tinha, rolo e pincéis pelo
caminho.
A hora passou rápido e logo chegou dez horas. Fomos na padaria comprar
uns pãezinhos básicos para fazermos um lanchinho com patê. Logo que
voltamos da padaria, e estávamos, eu a Andréa preparando o patê, meu
pai jantando e minha mãe, meus irmãos no quarto, meus dois irmãos
adotivos ( os gatos ), quando chegou o Marcão Mala, junto com a Lenice.
Como estava o maior frio, nem demoramos muito pra nos cumprimentarmos, e já
fui trazendo eles para dentro de casa.
Enquanto eu, a Andréa e a Lenice comemos o pãozinho com patê, o Marcão
foi comer umas mexericas! Puxa vida, que mudança, eu e o Marcão, que
incontáveis vezes, por volta daquele horário, 22 horas, um passava na
casa do outro e seguíamos para o Duboie, em São Caetano, ou para o
Liverpool próximo ao centro de São Bernardo para tomarmos nosso chopinho,
ou aquele chop com groselha, whiskão, cuba, alexander ou mesmo uma
latinha básica de cerveja Antarctica. Estávamos nós, ali em casa, uma
hora daquelas, comendo um lanchinho, que se, pelo menos não for muito
saudável, pelo menos não tinha nada alcoólico.
Ficamos ali batendo papo até que a Lenice e o Marcão foram embora. Como
já era tarde, frio, ainda ficamos conversando um pouco, mas não
demoramos tanto a dormir. Capotamos e só fomos levantar bem tarde. Eu sei
que eram dez horas e a gente ainda estava enrolando pra levantar. Fomos
levantar mesmo quase meio-dia. Assim que levantamos, fomos tomar café, na
companhia de meu tio Jacó, irmão da minha mãe, e de minha tia Ana, que
foram em casa. Só após é que fui pintar novamente.
Fiquei lá, até as quatro ou cinco da tarde pintando, lixando. Depois
disso, fui tomar um banho, pois marcamos de antes de levar a Andréa pra
casa, passarmos no apartamento do meu amigo Jeremias ( outro mala sem alça
), para conhecermos a filhinha recém nascida, uma bela garotinha,
esperta, enorme, linda, nem parece ser filha do Jerê.
Lá
pelas nove da noite, o Marcão e a Lenice deixaram a gente na estação do
metrô, para irmos para Osasco, pois eu não queria deixar a Andréa
voltar só, e resolvi ir, pra vim trabalhar direto no dia seguinte. No
metrô até que estava tudo bem, mas quando descemos na avenida Paulista
para pegarmos o ônibus, foi doido. Estava um vento, uma garoa e um frio
que faziam a gente bater o queixo, as pernas, os braços e tudo de tanto
frio.
Dentro do ônibus melhorou um pouquinho. O que nos ajudou foi que o pai
dela foi nos buscar no ponto para não termos que pegar outro ônibus até
chegar na casa dela. Já era tarde, nem lembro se tomamos café ou
jantamos, só sei que não fomos dormir tarde! Daí começou a semana de
novo!!!!!
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