Diário de Bordo


Diário de Bordo 2001

2001 - 12 a 14 de Outubro


    Este final de semana começou cedo. Com esse feriado na sexta-feira, nem percebi a semana passar. Saí do trabalho as seis e pouco da tarde. Já estou me acostumando a sair cedo, rs. Segui para Osasco, onde fui encontrar com a Andréa para comprarmos um presente para a mãe dela, que aniversariava nessa data.

     Como estava faminto, pois só havia almoçado um lanche de calabresa, parei na barraquinha que fica na esquina da Avenida Ibirapuera, uma das que geralmente paro, e comprei um lanche de calabresa com vinagrete e uma fanta uva.

     Eu estava com pressa, resolvi ir comendo pelo caminho, pois sabia que o trecho até Osasco, em pleno horário de rush, na véspera de um feriado, iria ser longo. Foi uma beleza lanchar e dirigir ao mesmo tempo, um mal hábito que possuo. 

     Sinceramente, não sei se fui eu ou o carro que saboreou mais o lanche, pois quando eu passava por uma valeta, voava um tomate para o banco, passava num buraco, uma cebola voava para o assoalho, passava em outra valeta, mais vinagrete caia sobre a minha calça. Pelo menos o pão e a calabresa, eu comi sozinho. 

    Cheguei em Osasco, no trabalho da Andréa, de lá seguimos ao Shopping Continental. Após encontrarmos e comprarmos uma lembrança, fomos para a casa dela, onde jantamos com os pais dela, a irmã e o noivo, além dos tios da Andréa, o Lourival e a Núbia, com o pequeno Pablo, neto deles. 

     O sapequinha estava um barato. Ficava brincando, fazendo força para caminhar, mostrava a língua. Ficamos batendo papo até tarde e depois de um banho, fomos dormir. Na manha seguinte, feriadão, sem compromissos ou horários  a cumprir, levantamos tarde.

     Depois do café, passamos o dia, quer dizer, a tarde, ajeitando algumas coisas lá. Mais tarde até meu carro lavamos, foi uma pena, pois já ia fazer uma festinha de aniversário de um ano da última lavagem que eu tinha dado nele.

     Anoiteceu e fomos visitar a pequena Brenda, uma garotinha, que mora ali perto. A mãe da Andréa é madrinha dela, e foi levar um presentinho de Dia das Crianças, uma fábrica de chocolate da Eliana. A garotinha adorou, na mesma hora foi fazer os pirulitos de chocolate com o brinquedo, e bem mais rápido, passou a devorá-los.

     Vim para para casa depois disso, e fiquei assistindo televisão, pipocando de canal em canal, sem assistir nada em definitivo. Quando foi uma da manhã fui buscar meu pai no trabalho, e voltando para casa, fiquei assistindo tv até três e pouco da manhã, quando dormi e só fui levantar no meio-dia de Sábado. 

     Estava uma beleza para dormir, pois minha mãe e meu pai haviam saído para o mercado, meu irmão Fábio estava trabalhando, o Marcos viajando, os gatos Viti  Pagão não estavam entrando no quarto e pulando em cima de mim, nem o Juca estavam gritando estridentemente no quintal naquela manhã, o telefone não tocou nenhuma vez para incomodar, enfim, estava um paraíso que dificilmente acontece em casa nas manhãs de sábado ou domingo.

     Comprei uns pãezinhos, tomei meu café e vim ajeitar algumas coisas em meu quarto, tipo sapato, roupa, etc. Passei o dia todo em casa. Almocei com meus pais. Minha mãe fez bucho, eca. Ainda bem que também tinha carne assada para almoçar, pois umas das coisas que eu não como é bucho. As outras  são bacalhau, fígado e pedra.

     Acabou a tarde, tomei um banho e fui para a casa da Andréa. Iam cortar um bolinho para a mãe dela, que fizera aniversário na quinta. Cheguei la e a família estava reunida. A atração daquela noite eram os dois pequenos da família, a Gabi, que ficava fazendo biquinho para mandar beijos, e o Pablo, que ficava mostrando a língua, um barato.

     Jantamos, ficamos batendo papo até tarde, cortamos o bolinho, e depois que todos foram embora, fomos descansar! Eu ainda tentei assistir ao GP de Fórmula 1, mas não consegui, e desmaiei também. Cedinho, não tínhamos nenhum compromisso a fazer, e ficamos deitados até bem tarde. Tomamos um café, ficamos ali, tomando conta da Carol, priminha dela, que estava lá. Depois de almoçarmos, acabamos indo tirar um cochilinho durante a tarde. 

     A Carol queria assistir o filme do Castelo Ra-tim-bum, e fomos fazer companhia a ela. Eu mesmo, confesso que não assisti muito. A parte que me atraiu a atenção mesmo foi um pedaço do filme, feito com massinha dessas de modelar, com um personagem tomando banho e cantando, muito legal, pois me lembrava aquele personagem que fazia os comerciais dos cotonetes.

     Anoiteceu e fomos visitar nosso colega Adriano, que fez aniversário. Fomos para o trabalho dele, onde tomamos um copinho com ele, para brindar o aniversário dele, mesmo ali em meio a padaria onde ele trabalha. Ficamos lá até umas dez da noite, quando voltamos para casa dela, assistimos um pouco do programa Sai de Baixo, jantamos um pouquinho e logo vim embora. 

      Pensei que ia  chegar em 40 minutos, que é o tempo que levo geralmente de madrugada até em casa, mas cheguei na Marginal Pinheiros, o trânsito estava parado, devido a um acidente que havia um ou dois quilômetros a frente. Havia um Fiat Uno bem amassado na traseira, na faixa da direita, já começando a ser rebocado por uma carreta do Departamento de Trânsito. Cheguei em casa, meu irmão Fábio ainda assistia televisão, mas não tive coragem nem de ver direito o que estava passando, me deitei e desmaiei.