Diário de Bordo


Diário de Bordo 2001

2001 - 7 a 9 de setembro


    Meu final de semana com esse feriado prolongado foi tranqüilo, aliás, como todos os últimos. Sexta-feira, saí do meu trabalho por volta de nove da noite, pois ainda tive que passar no Shopping ABC de Santo André, para buscar uma bruxa, é, uma bruxa, uma tal de Madame Vanda, na cor laranja, que só se encontrava na loja Alémdalenda do shopping, para presentear a Rosangela amiga da Andréa. Passei rápido lá, comprei a bruxinha e vim para minha casa. 

    Nesse meio tempo me ligou meu amigo Jeremias, me chamando para no encontrarmos para saírmos para beber alguma coisa. O Jeremias casou-se, e desde então, ou melhor, bem antes disso, nunca mais saímos numa baladinha. Falei também com meu camarada Marcão e resolvemos sair naquela noite. Depois que cheguei em casa, jantei, e combinamos de nos encontrar mais tarde aqui em minha casa, e depois buscarmos o Jeremias no apartamento dele. O cara tinha que aproveitar, já que a Maria, esposa dele, estava viajando no estado de Minas Gerais e com certeza se ela estivesse por aqui ele não sairia conosco. 

    Nos encontramos lá pelas onze da noite, e seguimos para São Caetano do Sul, minha terra natal, onde resolvemos ir no Duboiê Bar, uma casa noturna que toca rock, um lugar legal, não muito grande, que agora possui uma área na frente para sentar, tomar algum drink, um salão com uma pequena pista e um palco onde diversas bandas legais se apresentam, e dois balcões de bar, um no fundo e um na parte da frente do bar. Esta casa eu e meus amigos já frequentamos muitas vezes no passado. Chegamos e nos espantamos com a fila que estava gigantesca, como nunca vimos. Mesmo assim, entramos nela para entrar na casa. Encontrei na fila um colega da minha época de colegial, o Marcelo, um descendente de japoneses que agora mora ali em São Caetano. 

    Entramos no `Duba`, apelido que damos a casa, e no meio daquela multidão, nos dirigimos logo pra o bar que fica nos fundos para tomar um drink. Cada um pegou uma cerveja, e ficamos ali curtindo a banda que começou a tocar naquela noite. A casa estava demasiadamente lotada. Eu mesmo nunca vi aquele lugar tão cheio de gente. Estava uma briga para andar ali dentro. Mas mesmo assim, deu para a gente ficar conversando, tomando nosso chopp, nossa cerveja. Até provei essa nova Smirnoff Ice, e sinceramente, quase não percebi diferença dela para o refrigerante Gini. 

    Ficamos lá até quase seis horas da manhã, pois não tivemos coragem de encarar a fila enorme que se estendia por dentro da casa. Assim que fila ficou pequena, quase com a casa vazia, entramos na mesma para irmos embora. Nessa altura, eu já estava pescando feio de sono. O Marcão, que geralmente é o que dorme quando a gente sai, já que ele tem um problema, epinéia, e sempre é alvo de zueira, deve ter ficado realizado ao me ver capotado sobre as cadeiras do bar. Mas eu estava com tanto sono, que quando entrei no carro do Marcão, tratei de deitar e me esparramar no banco traseiro, e desmaiei.

     Só acordei quando já estávamos no meu bairro, onde paramos numa padaria, as seis e meia da manhã, para tomarmos um café. Triste foi ficar cochilando até aquela hora e depois de comer dois pães na chapa e dois copos de café com leite, despertar, perder o sono, e chegar em casa para dormir. Mas ainda bem que não precisei de muito esforço.

    Foi deitar e dormir, até quase duas da tarde. Acordei, tomei um cafezinho e fui buscar os pincéis para pintar os vitrôs e janelas, tarefa abandonada por mim. Pena que quando fui pegá-los, o solvente que estava na lata já havia secado e os pincéis estavam duros parecendo pedra. Conclusão: sem pincel, feriado, não pintei nada.

    Fui é arrumar meu tênis, e tentar amenizar a barulheira que meu carro tem. Ta parecendo ônibus velho, uma batedeira, calota, tampa de porta-luvas. Comecei dando um jeito nas calotas, colocando umas borrachas para elas não ficarem bambas, ajeitei direito o toca-fitas, quer dizer, o rádio, pois ele só tem o lugar pra por fita, tocar que é bom mesmo, nada. Ajeitei luz de placa, que estava queimada desde o dia que meu irmão recebeu uma colisão de leve atrás.

    Como meu irmão já havia lavado, só limpei por dentro. Como logo anoiteceu, fui para a Andréa. Lá cheguei, nem demoramos a sair, pois íamos na casa da amiga dela a Rosangela, numa dar os parabéns a ela. O ambiente estava bem família, não havia muita gente. Ficamos até as onze e pouco vendo o pessoal dançar, e partimos para a casa dela. Comemos um pequeno lanche e dormimos. 

    Levantamos sábado e viemos para São Bernardo no começo da tarde. Pegamos minha mãe e a deixamos em minha tia, e de lá fomos para o Shopping Metrópolis, comprar um presentinho para minha mama, já que no domingo seria aniversário dela. Acabei comprando um perfume e um desodorante. A Andréa quis ver nas lojas Renner alguma coisa para mim. Insistiu que eu provasse uma calça, e sinto em admitir, que não sirvo mais em calças 44. Gente, vou acabar como o professor Klump do filme Um Professor Aloprado do jeito que a coisa vai, rs.

    Depois, fomos fazer uma boquinha, pois já estava tarde e saco vazio não para em pé. Só comi um negócio, umas batatas, duas esfihas de carne, duas de queijo, duas de frango, uns nugets, um suquinho, só, juro. Depois, antes de sairmos do shopping, a Andréa quis dar uma paradinha no Playland para jogarmos um jogo de futebol em que usamos as mãos, com um pino similar a um jogo de botão. Jogamos uma partidinha básica, e buscamos minha mãe e depois voltamos para casa. Nem jantamos e voltamos para Osasco novamente, onde chegamos e fomos comer uma carninha com os pais dela, a irmã e o namorado e um tio dela com a família.

    Ficamos batendo papo até eles partirem. Começamos depois a assistir um filme, mas desistimos, e ficamos batendo papo até quase duas da manhã, quando vim embora para minha casa. Cheguei em casa já passavam das três da manhã. Acordei lá pelas dez, fui cumprimentar minha mãe, dei a lembrancinha a ela e fiquei em casa. Só saí para ir buscar um refrigerante na padaria. Depois de almoçar com minha mãe, já que meu pai estava trabalhando durante todo o dia, ajeitamos a cozinha e fiquei esperando ela ficar pronto para irmos no cinema. Minha prima Rosangela estava em casa, e nos fez companhia no cinema.

    Fomos assistir a Sherek, o único dublado que havia naquela tarde no Cinemark do Hipermercado Extra, onde fomos. Assistimos a comédia, muito legal por sinal. Pegamos uma sessão tranqüila, sem filas, e as oito da noite já estávamos comendo um pastelzinho básico. Depois de caminharmos pela feira de malhas que existe no local, fomos levar a Rosangela em casa e voltamos para casa. Jantei um pouquinho e fiquei esperando dar uma da manhã para ir buscar meu pai no trabalho. Fiquei pescando no sofá, quase perdi a hora. Acordei já era uma da manhã e saí rápido em direção ao posto. Encontrei meu pai já no caminho, trouxe-o e desmaiei de vez.

    Ai, acordei hoje cedo, e peguei minha magrela para vir trabalhar, pois no domingo a tarde encontrei a chave do cabo de aço. Sai de casa as sete e meia da manhã, e antes de chegar no Zoológico de São Paulo, o pneu traseiro começou a murchar muito. Parei, peguei a bombinha e comecei a encher. Acabei forçando o bico da câmara, e como devia estar ressecada, psssiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, rasgou! Conclusão, acabei fazendo uma caminhada até em casa, tomando um banho e vindo trabalhar de carro!