Meu final de semana começou cedo. Ao invés de acordar tarde, como
costumeiramente faço, precisei acordar cedo, pois marquei com a Andréa
de levá-la ao exame de endoscopia que ela iria fazer. Saí de casa por
volta de nove e meia da manhã.
Cheguei em Osasco dez e pouco, tomei um café rápido com um pãozinho com
coco que a Andréa havia feito e fomos para o local do exame. Não demorou
e logo ela foi atendida. Fez o exame e quando fui na sala buscá-la, ela
estava toda tonta, enjoada. Busquei o carro para a porta do consultório e
a levei para casa. Lá ela tomou um café, já que estava de jejum até
então.
Após o café, ela ficou repousando na cama até melhorar a tontura, e
fiquei fazendo companhia a ela. Como eu não quis ir almoçar sem ela,
mesmo após a insistência da mãe dela, me trouxeram almoço no quarto,
enquanto eu fazia companhia a Andréa. No meio da tarde ela melhorou, e
seguimos para minha casa. Estava frio, e estávamos planejando ir no
mercado comprar algumas coisas para fazermos um pic-nic no parque do
Ibirapuera, mas acabamos nem indo. Levantamos tarde no dia seguinte. Meus
pais foram no mercado cedo e acabaram trazendo algumas guloseimas para
levarmos ao parque, como pão para fazermos sanduíche e batatas fritas.
Meu irmão Marcos, foi buscar a amiguinha dele a Juliana para irem
conosco. Após ele chegar, preparamos os lanches e seguimos para o parque.
Ficamos caminhando bastante. Eu e a Andréa já tínhamos ido no início
do ano lá, mas meu irmão ainda não conhecia. Andamos bastante. Eu
mesmo, já procurei ficar descalço logo que entramos no parque, para
pisar bastante na grama, na terra e nas folhas, para lembrar o que é
gastar a sola dos pés, já que minha vida, ultimamente, é colocar um
sapato as oito da manhã e só tirá-lo onze da noite, já na hora de
dormir quase. Andamos muito, depois achamos uma gostosa grama para
descansarmos:
Depois quando seguimos nosso passeio; encontramos com um ator que fazia
uma estatua viva. O cara estava vestido e pintado de branco, e ficava imóvel
até que alguém deixasse algum valor no recipiente colocado a frente
dele. Havia uma grande multidão em volta, e diversas pessoas colocando
algum dinheiro e fazendo-o se mexer, se contorcionar e parar.
Resolvi fazer graça, peguei um real, me dirigi na frente dele, e fiz o
gesto que ia colocar o real, e parei, agachado, com o dinheiro a colocar,
ficando imóvel, assim como ele fazia. Ele chegou a se mexer, esperando
que eu fosse colocar o dinheiro e sair, mas fiquei ali, de frente a ele,
observando-o, imóvel também. Enquanto ele quebrava o ritual da
imobilidade, acenando com o polegar em direção do pote, eu sorria, imóvel
também, apenas balançando a cabeça fazendo um gesto de não. Tendo
causado o riso da platéia, deixei o dinheiro no pote e saí, dando
risada.
Seguimos nossa caminhada, daí, fomos ao carro buscar os lanches. Paramos
próximo ao lago do Ibirapuera. Ficamos comendo e olhando uma criançada
se pendurar nos galhos enormes de uma árvore próxima. Após lancharmos,
começou a esfriar, e buscamos um gramado que ainda batia sol. Ficamos
nesse pedaço até quase o sol ser encoberto pelas árvores do parque. Mal
o sol sumiu, o frio aumentou e fomos embora rápido pois estávamos todos
com muito frio. Ainda tive que voltar para buscar umas espigas de milho
que minha mãe havia pedido, e que esperávamos encontrar na porta do
parque mas haviam acabado.
Depois que chegamos em casa, o Marcos foi levar a Juliana, que mora na
zona leste de São Paulo, e ficou por lá para jantar. Só depois que ele
voltou, é que fui embora para levar a Andréa. Agora, sinceramente, não
estou lembrado se dormi lá e fui direto trabalhar ou se voltei para casa,
pois escrevi o que aconteceu uma semana depois! É, estou escrevendo isso
na madrugada do dia 13, são exatamente meia noite e trinta e sete. Todos
em casa já estão dormindo. Só estou eu acordado.
A TV está ligada, passando o vídeo Professor Aloprado, que meu irmão
colocou para assistir e está, neste instante, roncando atrás de mim, com
o controle remoto sobre a barriga. Vou desligar também, ou quem sabe,
trocar o filme, e colocar a fita do filme Corpo Fechado. Vamos ver, se eu
agüento, mas acho difícil, já estou com sono e pelo jeito não vou
durar muito quando colocar minha cabeça no travesseiro!!!
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